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COP26: Pacto Climático de Glasgow

26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, COP26, com a participação de cerca de 200 países, chegou a um acordo final, que agora está sendo chamado de Pacto Climático de Glasgow.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que o conteúdo reflete os “interesses, contradições e momento da vontade política do mundo hoje”.


Patrícia Espinosa, secretária do clima das Nações Unidas, “Nenhum acordo seria o pior resultado possível. Ninguém ganha”, declarando que as negociações nunca são “fáceis”, afirmando que essa é a natureza do consenso e do multilateralismo.


O presidente da COP26, Alok Sharma, afirmou que as delegações poderiam dizer “com credibilidade” que mantiveram o objetivo de 1.5 grau Celsius ao alcance, mas que “seu pulso é fraco”. Segundo ele, as promessas só sobrevivem com ação rápida. Alok Sharma adicionou que se forem cumpridas as expectativas será possível aumentar a ambição até 2030 e fechar a lacuna que resta. Sharma concluiu dizendo que Glasgow fez história.


Principais conquistas


Além das negociações políticas e da Cúpula dos Líderes, a COP26 reuniu cerca de 50 mil participantes online e pessoalmente para compartilhar ideias, soluções, participar de eventos culturais e construir parcerias e coalizões.


A conferência apresentou anúncios encorajadores. Entre os destaques, líderes de mais de 120 países, representando cerca de 90% das florestas do mundo, se comprometeram a conter e reverter o desmatamento até 2030.


Houve também uma promessa sobre a redução de metano, liderada pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Mais de 100 países concordaram em reduzir as emissões do gás de efeito estufa até 2030.


Enquanto isso, mais de 40 países, incluindo grandes usuários de carvão como Polônia, Vietnã e Chile, concordaram em abandonar o minério, um dos maiores geradores de emissões de carbono.


Cerca de 500 empresas de serviços financeiros globais concordaram em levantar US$ 130 trilhões - cerca de 40% dos ativos financeiros mundiais – para alcançar as metas estabelecidas no Acordo de Paris, incluindo limitar o aquecimento global a 1.5 grau Celsius.


Outro importante acordo foi o compromisso conjunto dos Estados Unidos e da China em aumentar a cooperação climática na próxima década. As nações concordaram em tomar medidas para reduzir emissões de metano e carbono, fazendo transição para adotar energia limpa. Eles também reiteraram seu compromisso de manter viva a meta de 1.5 grau Celsius.


Com relação ao transporte, governos e empresas assinaram compromisso para encerrar a venda de motores de combustão interna até 2035 nos principais mercados em 2040 em todo o mundo. Pelo menos 13 nações também se comprometeram a acabar com a venda de veículos pesados movidos a combustíveis fósseis até 2040.


Por fim, países como Irlanda, França, Dinamarca e Costa Rica lançaram aliança inédita para definir uma data final para a exploração e extração nacional de petróleo e gás.


Detalhes do acordo


Uma emenda de última hora solicitada pela China e Índia modificou o texto preliminar sobre a redução do uso de carvão. Os países pediram que fosse documentado “redução gradual” do recurso no lugar de “eliminação”, como na proposta inicial.


Sobre o financiamento para ação climática, o texto enfatiza a necessidade de levantar os valores “de todas as fontes para atingir o nível necessário e chegar aos objetivos do Acordo de Paris, incluindo um aumento significativo do apoio para países em desenvolvimento, além de US$ 100 bilhões por ano”.


O acordo pede que os governos antecipem os prazos de seus planos de redução de emissões e convida os 197 países participantes a reportar o progresso sobre as ações climáticas no evento do próximo ano, na COP27, que vai acontecer no Egito.


Reprodução: news.un.org




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